domingo, 23 de dezembro de 2007

Então é Natal (1)

Mais uma vez chegamos ao Natal. Uma época linda, cheia de companheirismo, solidariedade, humanidade e esperança. Período em que o Papai Noel presenteia as criancinhas obedientes com enormes presentes e os adultos necessitados com um merecido prato de comida na noite do dia 24 de Dezembro.

Opa!! Espera aí. Companheirismo, solidariedade, humanidade, esperança?!
Como assim?! Papai Noel?! Em que século estamos?! O Brasil já foi, pelo menos, descoberto?! O bom velhinho trazendo presentes em seu trenó todo colorido, com renas e ajudantes?! Calma aê...

Tá certo que não dá pra destruir os sonhos dos pequeninos, mas... Inventar tanta história, mito e lenda, já é demais, você não acha?!
Por que será que a humanidade anda tão preocupada em manter segredos que um dia serão revelados, como a sina do Santa Claus, e acaba esquecendo de descolar uma solução eficiente para combater a fome, a miséria e a roubalheira?! O mundo anda tão desvalorizado...

Papai Noel, se ainda existisse, não iria querer trabalhar nessa lástima que é a Terra hoje. Iria, no mínimo, descansar em sua rede e pedir para seu filho, o bom velhinho jr., ou Filhinho Noel, para tomar conta da empresa, que a essa altura, com a queda e ascensão do dólar e do capitalismo estatal, já haveria se tornado uma multinacional.

O Pai Natal, como é chamado em Portugal, surgiu no século IV, inspirado na figura de São Nicolau Taumaturgo, um velhinho super gente boa, que na noite da véspera do Natal deixava um saco com moedas de ouro nas chaminés de quem passava por dificuldade financeira. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro. (Wikipedia)

Muita coisa mudou desde então. Trata-se da doença que nós seres humanos enfrentamos diariamente: a falta de amor ao próximo.

Vivemos em uma sociedade onde o que importa é o dinheiro. Não estamos nem aí para saber se o nosso vizinho tem um prato de feijão para cear ou se tem um pão para amanhã de manhã. O diabo do dinheiro, como diz a minha mãe, serve pra tudo... Quer comer? Quer beber? Quer sair? Quer ir ao cinema? Quer namorar? Tá doente? Faltou pilha no cuco da sala... Dá-lhe dinheiro!!
E se fôssemos socialistas? Faria mais sentido o natal?

Qual é o verdadeiro sentido do Natal?

Os mais antigos tentam ensinar às crianças (contam tanta mentira, que já nem sei se é verdade...) que o Natal é época de relembrar o nascimento daquele que veio para regozijar o mundo: Jesus Cristo, filho de Deus.
O ritual de presentear os amigos, filhos e familiares é baseado na oferenda de presentes dos Reis Magos a Jesus logo que nasceu, lá em Jerusalém.

Agora vamos às teorias conspiratórias. Mostrem-me um documento legítimo afirmando categoricamente que Jesus Cristo nasceu em 25 de Dezembro. A Bíblia... Pode até ser, mas ela cita datas precisas? A marcação de tempo era confusa e totalmente diferente da que existe hoje. Gostaria que alguém comentasse a respeito.
E mais duas pra fechar a primeira postagem deste Natal. Se a alegria de dar presentes para todo mundo tem a ver com os três reis magos, por quê não deixar para presentear quem se gosta em 6 de janeiro, o dia do calendário gregoriano reservado a Melquior, Gaspar e Baltazar, como é feito em diversos países?!
E pra quê peru nos festejos natalinos?! Será que também tem a ver com o nascimento de Cristo?!

Sinceramente... Acho que não!!

[CONTINUA...]

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