domingo, 28 de dezembro de 2008

Desilusões de ano novo

Que "ano novo" é tempo de fazer diferente, isso todo mundo já sabe. Por incrível que pareça, a única época em que pensamos mudar a posição das gavetas do armário, renovar o estoque de roupas brancas ou fazer certas simpatias que parecem não existir o ano inteiro, é no reveillon. Também pudera...

É tempo de dizer para o vizinho o quanto ele é importante e pedir desculpas pelas vezes que se colocou o lixo pingando na calçada/lixeira alheia. É momento de abrir o coração (e a carteira) e passear com os filhos naquele shopping lotado em pleno dia 31. E é tempo, principalmente, de se pensar nas famosas "resoluções de ano novo", que, quase sempre, viram "desilusões de ano novo", haja vista o número infinito de itens na listinha.

Tem gente que diz querer emagrecer, mas que faz de sua ceia de ano novo um complemento à ceia de Natal. Tem uns mal-acabados por aí que dizem que no ano seguinte vão parar de beber, mas acabam acordando no 1º de Janeiro com uma ressaca maior do que aquela que o motivou a fazer tal resolução. E tem aqueles aficionados à tecnologia, que dizem que resolução boa mesmo só uma TV de LCD Full HD, com conexão HDMI, é que tem!!

A dica, nesse caso, é fazer apenas uma resolução: prometer a si mesmo cumprir todas as suas promessas, e não deixar palavras ao vento. Se não pode, não prometa! Isso serviria para os políticos, se eles lessem esse texto e não estivessem preocupados em preparar o primeiro golpe de corrupção do ano novo. Seria trágico, se não fosse cômico.

A novidade está aí e ela tem tudo pra ser uma novidade melhor. Vai de cada um de nós fazermos do nosso espaço um espaço bom pra se viver. Prometer menos, cumprir mais, realizar vontades, cuidar do próximo e deixar de lado tudo o que se chamar ou parecer dinheiro. Deixar de lado não; usar com parcimônia, diria. Pois tudo demais é sobra, a começar por um ano, como esse que acaba, com 366 dias.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Crepúsculo

"Crepúsculo" tinha tudo pra ser só mais um filme, daqueles tipo "Romance". Mas ainda bem que não foi. Apresento-lhes agora tudo - ou pelo menos alguma coisa - que esse futuro sucesso de bilheteria no Brasil ou, como disse o vendedor da livraria onde o livro homônimo vem ganhando cada vez mais espaço, um misto entre "Código da Vinci" e "Anjos e Demônios", tem a oferecer.

Até agora não entendi de onde foi que o tal vendedor tirou que "Twilight" parece com "The Da Vinci Code". Deve ser por causa do fenômeno mundial de vendas de ambos os livros. O fato é que poucas histórias que vi no cinema me fizeram curioso, pensando no que iria acontecer depois, com o desenrolar de tudo. "Crepúsculo" foi uma delas.

É o típico filme pra você parar, pegar a pipoca, se recostar na poltrona e perder a noção do tempo, principalmente na hora dos voos do "vampirinho camarada", abraçado à "humanazinha solitária", com uma paisagem ao fundo que eu dava tudo pra saber se existe de verdade e se está aberta pra visitação.

O filme, porém, peca em diversos aspectos, como na adaptação do livro para as telas (não o li ainda, mas já ouvi muita gente dizer que faltou a "pegada" que a escritora Stephenie Meyer projetou originalmente) e em alguns efeitos especiais pra demonstrar a habilidade do incrível Edward Cullen, interpretado brilhantemente pelo ator Robert Pattinson. O resto (e tudo aquilo o que você ousar ouvir) é pura crítica. Uma historinha cool, diria: o amor entre um vampiro e uma humana. Mas que vai bem além disso...

Pra começar, vampiros aqui não bebem sangue de gente. É até anti-lendário, mas Edward Cullen só quer saber das hemácias de animais. De Bella Swan jamais... Pelo menos a idéia de que vampiro não pega sol prevalece. Isso salva suas expectativas?! Que nada. Se pensou em monstruosidade, esqueça. "Twilight" tá mais pra romance dramático adolescente do que pra filme de terror. Talvez seja esse o motivo da história conquistar tantos fãs mundo afora: a vontade adolescente de ser forte, sedutor e imortal, como disse Liz Vamp em entrevista ao site G1 e que você confere clicando nesse link.

A trilha sonora é bem dinâmica, adolescente e especialmente selecionada, mas espero que melhore em 2009 com "Lua Nova", a continuação de "Crepúsculo", também baseado na continuação da série literária, com data marcada pra estréia nos EUA em 20 de Novembro. Quem for ao cinema só pra ouvir "Decode", do Paramore, em uma das cenas do casal, por exemplo, vai se arrepender pra todo o sempre. Acontece que músicas ao piano são mais apropriadas pra ocasião, e "Decode" chamou muita atenção em terras tupiniquins.

Outra coisa. Assisti dublado. Pode me criticar, mas saiba que foi escolha minha, assim como de mais de 200 desesperados que o cinema pôde comportar. Mas dublado é sempre melhor: você não corre o risco de perder um detalhe (ah, o filme é cheio de detalhes) crucial do filme porque estava lendo a legenda, nem de deixar de ler a própria legenda. Gostos; cada um tem o seu...

Enfim! Um filme pra se ter em DVD e assistir até o disco arranhar. Assim é "Crepúsculo". E olha que eu sou chato pra analisar películas, principalmente quando a sala do cinema tá cheia de pré-adolescentes gritando pra ter seu próprio Edward Cullen...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Métodos Marckosianos de ver a vida (2)

A gente aprende com o tempo. 1 ano se passou desde que eu criei esse blog e tanta coisa aconteceu que fica até difícil fazer uma lista de final de ano e pedir que 2009 seja melhor que 2008. Tá certo, 2009 deve ser melhor que 2008 em um monte de aspectos, mas se desse pra ser igualzinho só que diferente, como diz meu ex-professor Flávio César, seria como se existisse a nona maravilha do mundo…

Sim, meus caros leitores. De grosso e estúpido do último semestre, passei a ser tarado, nerd e uma porrada de outros adjetivos que meus novos amigos resolveram colocar em mim. Poucos verdadeiros e novos amigos, ainda diria. Poucos porque, ainda, são poucos os que me aguentam (dessa vez sem o trema) e concordam em gênero, número e grau com o que digo.

E antes que você me pergunte sobre os “colegas” de outrora, queria dizer-te (ênclise) que alguns, ou melhor, a maioria deles, ainda continuam na condição de colegas, e outros, a minoria, como era de se esperar, viraram o que eu chamaria de amigos, que erram, mas me consertam diariamente, fazendo com que eu aprenda cada vez mais o verdadeiro valor de uma boa amizade.

Marckosiano, só pra que você entenda, vem de uma brincadeira da única namorada que tive nesse ano, Thaís Marques. Eu gostava dela, confesso. Mas quando a gente resolveu dizer que tava namorando, parece que o nosso mundo fez foi desmoronar, como se algo (ou alguém) não quisesse que a gente ficasse junto.

E o encontro entre o Poeta e a Inspiração, que rendeu sófregas indagações aqui mesmo nesse blog?! O Poeta pensou que a poesia que escrevia se desmancharia logo após o beijo no rosto seguido de um abraço apertado que dera na Inspiração. Ela, pela primeira vez, parecia retribuir um gesto guardado em segredo pelos dois. Ela, no auge de sua curiosidade, e ele, no auge de sua paixão. Mas paixão, de acordo com a história de Tristão e Isolda, só dura 3 anos. Exatamente o tempo que os dois esperaram completar para poderem se encontrar…

Mas se é pra ver a vida, vamos ao que interessa. Em todo lugar existe inveja, mas também, em todo lugar, existe alguém esperando pra ser teu amigo. Todo mundo erra, mas todos nós acertamos mais cedo ou mais tarde. A verdade está lá, na sua cara, mas fica difícil acreditar quando a menina parece ser a mais santinha da escola. A traição, de quem quer que seja, pode ser perdoada, desde que não seja por você. O vestibular foi e sempre será assunto de todo o seu ensino médio, pode apostar. Machado de Assis era negro e não moreno, mulato ou mestiço como pintam por aí; o Maranhão é uma Grande Mentira; Jesus Cristo, dizendo os astrônomos, nasceu em 17 de Junho; a Guerra dos Farrapos foi comandada por almofadinhas; a menina Isabella não foi assassinada pelos pais; eu ainda gosto dela (não da menina Isabella, e sim de uma terceira pessoa); aprendi a tocar “Another Brick in the Wall” no violão; passei a noite fora pela primeira vez; beijei duas das minhas melhores amigas no mesmo dia (e quase ao mesmo tempo…); aguentei porre de um melhor amigo; aguentei saber que um colega meu ficou com uma grande amiga minha; sofri; ri; chorei; calado. Conheci umas três meninas que eu dava tudo pra ficar com elas, mas elas têm namorado. Melhor deixá-las namorando mesmo, senão a confusão na vida delas se instaura de uma maneira que eu nem quero me meter. Melhor mesmo é parar de escrever, pular para o próximo parágrafo e prometer uma continuação para esse fenômeno da literatura de computador.

Porque pra ser Marckosiano precisa ter muita paciência e um bocadinho da virtú de Maquiavel. Mas eu ainda prefiro ter a Inspiração por perto…

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Então tá, vamos falar de música…

O título do texto já diz tudo, caro leitor. Hoje, aquelas crônicas com crítica a tudo simplesmente desaparecem como que por passe de mágica. Mágica essa que anda rondando minha humilde vida. Mas se eu for falar dessa vida que tanto anda me surpreendendo, o texto se estende, as palavras vão fluindo e meu objetivo de contar-lhes algumas das músicas que mais ando ouvindo simplesmente cessará. Então tá, vamos falar de música!

1. Katy Perry – Hot ‘N Cold

A mudança tão constante das pessoas. O fato de elas uma hora quererem uma coisa e logo depois desejarem outra completamente diferente. Tô percebendo isso em alguns à minha volta. Sem falar na batida dançante da música da garota que diz que adorou beijar outras garotas…

2. John Mayer – Say

Descobri essa música meio que por acaso, lá no site de videos da MTV gringa. O fato é que eu me apaixonei pela letra, pela melodia e pelo filme de onde ela aparentemente saiu. “Antes de Partir” (“The Bucket List”, em inglês) não é só um filme. É uma história, uma lição de vida e uma forma de esquecer os aparentes problemas. Recomendo – a música e o filme.

3. Túlio Deck e Di Ferrero – Tudo Passa

Ouvir Jovem Pan à noitinha fazendo dever de Matemática, se não me engano, serviu pra alguma coisa. A esperança de resolver todos as nossas dificuldades, a vontade de falar a verdade só pra que tudo se ajeite, um desabafo… Trilha de novela, viu. Não tô falando nada à toa por aqui!

4. Paramore – Decode

A palavra “decode” em português quer dizer “decifrar, traduzir”. Pode-se dizer que o sentido principal dessa música se faz por tentar decifrar um sentimento ainda desconhecido dentro de nós mesmos. Escolhida pra fazer parte da trilha sonora do filme “Crepúsculo”, que estréia no Brasil dois dias após o meu aniversário, “Decode” parece querer me passar uma lição em seu refrão. A lição por enquanto se dá muito mais no sentido de achar que conheço alguém muito bem e que, mais cedo ou mais tarde, irei me decepcionar com ela. “Well, I think I know…”

5. Chimarruts – Versos Simples

Pra quê mostrar riqueza material pra quem se ama?! Pra quê demonstrar carinho e apreço através de algo que mais cedo ou mais tarde se findará? Como disseram os Titãs certa vez, “não existe o amor, apenas provas de amor”. E escrever, demonstrando um pouco do muito que se sente, e de uma forma simples, pode ser um jeito de provar esse tal amor que tanto toma conta de você.

6. Cláudia Leite – Pássaros

Pra terminar, trago a vocês a canção da liberdade, da sensação de acordar e ver que um novo dia nasceu e que já é hora e momento de tentar fazer tudo diferente. Voar, usando as asas da imaginação, em uma busca que não se acabará jamais: a eterna vontade de encontrar seu verdadeiro amor…

Por enquanto é isso. Pra ouvir e baixar todas as músicas aqui citadas basta clicar em cima do nome de cada uma delas. Queria confessar a vocês que sou melhor escrevendo do que descrevendo, principalmente quando o texto se torna tão subjetivo e onde minhas sensações viram parte da canção. Para saber o que mais eu tô ouvindo nesse mundo de meu Deus, acesse meu perfil na Last.fm: http://www.lastfm.com.br/user/markoso17

Abraços a todos e até mais.