segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Métodos Marckosianos de ver a vida (4)

Não adianta. Por mais que eu tente, não vou conseguir escrever qualquer outra coisa sem antes falar do ano que está terminando. E já que o “Métodos Marckosianos de ver a vida” foi feito justamente para isso, aqui estou eu mais uma vez pra descontar nessas rápidas linhas as minhas observações, as minhas angústias, as minhas alegrias e os meus apontamentos.
 
Começamos por decepção. Tenho consciência de que esse foi o ano em que mais aprendi sobre os dissabores da vida. Decepções amorosas, fracassos estudantis, perdas irreparáveis, cenas insuportáveis. Não me arrependo de ter feito parte de nenhuma delas, mas rezo a cada dia para que meus semelhantes não vivam nada parecido. Afinal, “decepção não mata, ensina a viver!”
 
Depois vieram as trocas. A grande pergunta desse parágrafo é se dá pra viver bem renunciando a algumas coisas. Será que valeria a pena passar todo o meu terceiro ano de cara nos livros e perder o que mais ganhei de importante e precioso nesse ano que foram os meus amigos? Será que dava pra conciliar? Será que eu deveria ter me desprendido antes de ter me apaixonado? Será que eu devo esquecer minhas qualidades e apresentar somente meus defeitos? Algumas respostas vieram com o tempo, mas nenhuma delas me fez desistir.
 
A seguir, minha volta por cima. Olhei para cada rosto que insistia em me classificar como derrotado e fiz valer a pena. Calei a boca de muita gente por aí, fosse por meu empenho, por minha inteligência, por minha alegria ou por minha capacidade de sonhar e continuar acreditando naquele sonho impossível. E sonhei, garantindo com isso a minha maior recompensa de 2009: um novo amor.
 
Nunca tive medo de me apaixonar. Nunca tive medo de olhar pra alguém por quem eu realmente sinto alguma coisa e dizer, olho no olho, um “Eu te amo” sincero. Se não aproveitou, que pena! Eu soube evoluir com isso e ser feliz, apesar de tudo. Eu me tornei alguém melhor, cheio de responsabilidades, é bem verdade, mas responsabilidades que eu busquei pra mim, afinal, por mais que ainda pareça, eu não sou mais criança. Eu sei bem o que quero e pra onde quero levar quem me acompanha!
 
Sei bem que mais tarde, quando eu retornar a esse texto, tudo isso poderá parecer pura bobagem de um jovem adulto. E que seja. Desde quando escrever o que se pensa é pecado? Deixar registrado o que se acha da vida também? Acredito piamente que não. Só não irei deixar de sonhar alto, de traçar planos e objetivos, de contar minhas piadas sem graça, de fazer novos amigos, de descobrir os prazeres do amor fiel e verdadeiro, de conhecer lugares e pessoas novas, de me aventurar (mesmo que seja dentro do meu próprio quarto) e de dar valor a mim mesmo.
 
Que isso sirva de lição às futuras gerações e a mim também. E quer saber? Todas as promessas feitas em vão já perderam a validade. Estou fazendo outras, pensando em quem realmente vale a pena. Que nós tenhamos um 2010 muito melhor que 2009, pra que todos possam dizer com o peito estufado e o hálito quente: esse foi o melhor ano da minha vida!
 
“Façamos, vamos amar” (Chico Buarque de Holanda)

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2 comentários:

  1. Não sei qual critério você utilizou para definir 2009 como o melhor ano da sua vida. Sei bem que tudo o que você passou por ai, eu passei em 2011, com a excessão do amor recíproco.
    A única coisa que eu sei definir bem, é que 2011 foi o pior ano da minha vida.

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