Há muito tempo atrás, existia em um reino próximo ao Brasil que tinha como Rei um homem severo, ganancioso e possuía um dos maiores e mais antigos males da humanidade: a inveja.
Ele se sentia infeliz e intranqüilo, pois próximo à sua nação existia dois reinos menores, mas que inspiravam muita paz, utopia e perfeição. É claro que isso tudo não passava de aparência, já que em todos os reinos havia seus defeitos, brigas, desuniões e também coisas boas, como sabedoria, carisma, beleza e principalmente uma coisa que os diferenciavam dos outros: sinceridade. O rei invejoso, por incrível que pareça, se sentira cada vez mais próximo dos “reis perfeitos” e queria conhecê-los melhor. Os reis então se tornaram os melhores amigos, sempre se visitando (embora sempre houvesse um rei que não queria que um visitasse o palácio do outro).
Mas um dia toda essa amizade desabaria, quando os reis vizinhos resolveram se reunir, e o rei invejoso sentiu retornar todos aqueles sentimentos malignos e tudo que ele havia cultivado para com seus melhores amigos desmoronou. Encabeçando um diabólico plano, o rei proferiu boatos infundados para denegrir a imagem dos outros reinos e colocar uns contra os outros para que quando os seus amigos estivessem fraquejados, ele tomasse todos os seus bens cobiçados.
O plano no início deu certo, entretanto a consciência pesada do rei começou a latejar ao ver seu amigo necessitado ele não pôde ajudar, tendo ele ficado com um medo avassalador de perder a amizade de seu melhor irmão e ser condenado pelo seu crime. Mas o sentimento de inveja e ganância corrompeu-no por completo e ele fechou os seus olhos para a realidade.
Certo dia, o rei da inveja descobrira que seu melhor amigo havia descoberto toda a trama e resolveu cortar relações com ele. Foi o pior dia da sua vida. Não bastando o fato de ter perdido mais que um amigo, um irmão, ele viu seus amigos se afastarem, sofreu “ameaças” de morte, viveu dias sufocantes e passara noites em claro pensando no seu ato diabólico e ainda perdeu a amizade daquela que considerara sua maior confidente, uma das melhores mães do mundo, que era a de seu ex-amigo.
Essa história vale como lição para muitas pessoas que põem a ganância na frente do coração e devotam sua vida a um dos sentimentos mais perversos do universo: a inveja.
Redijo este artigo, ainda com a mão trêmula, para dizer-lhes: não se deixem levar por esse pecado maldito, que destrói vidas, cortam relações e criam inimizades. Se você sente inveja de seu melhor amigo, converse com ele. Não prepare planos mirabolantes para testar o seu “teto de vidro”. Tente entender seu lado e veja que nada no universo é perfeito, e se existir, um dia acaba. Solte seus espectros, “soltem os panos sobre os astros no ar, soltem os tigres e os leões nos quintais”, mas não acumulem sentimentos ruins.
Bem amigos, essa foi a mensagem de uma nova era. Chega de inimizades, acabe com a maldita inveja e seja quem vocês são. E se eu estivesse no lugar do rei que traiu seu amigo, eu pediria para o mundo seis letras, que não choram, e sim que sorriem e abrem muitas portas. Pediria PERDÃO.
Por Leandro Chaves,
ou (um novo) Mr. Blonde