domingo, 30 de janeiro de 2011

Tempo Livre [1]

A partir de hoje, sempre duas vezes ao mês, o blog Senhor do Tempo irá listar algumas boas sugestões pra você já cansado da mesmice do dia a dia. São filmes, livros, sites, cd's, dvd's, lugares pra visitar, entre outras coisas que com certeza farão você aproveitar muito mais o seu tempo livre. E você também pode participar. Ao comentar, deixe sua sugestão pra gente. Quem sabe o que faz você em seu tempo livre não pode servir pra acabar com o tédio de alguém?

- CD/DVD
 Mayra Corrêa Aygadoux desde criança já gostava de cantar. Aos 13, já fazia shows em bares e restaurantes e em 2009 estourou na mídia com o sucesso 'Shimbalaiê', canção escrita por ela quando tinha apenas 10 anos. Em seu mais novo álbum, Maria Gadú emociona seus fãs com versões de sucessos consagrados como "Ne Me Quitte Pas", do compositor e cantor belga Jacques Brel, "História de Lily Braun", de Chico Buarque e "Who Knew", da cantora americana Pink. Pra ouvir (ou ver) no almoço de domingo com a família. Download [CD] - Download [DVD] Comprar


- LIVRO 

Poderia um cachorro-quente virar um rancoroso assassino após uma noite cruel de tempestade? É o que nos propõe "O Monstro Souza - Romance Festifud" (Pitomba, 2010). De fácil leitura e com elementos que retratam muito bem a realidade ludovicense, "O Monstro Souza" surpreende justamente por causa da diversidade de elementos nele envolvidos. Inspirado em um vendedor de cachorros-quentes muito famoso em São Luís do Maranhão, o livro mistura várias formas de linguagem, como a própria literatura, os quadrinhos, recortes de jornal, etc. Pra ler à noite, imaginando cada sequência sanguinária do nosso monstrinho.
Mais em: http://romancefestifud.blogspot.com

- FILME
O olhar de uma menina sobre a virgindade. "Desenrola - o Filme" (Brasil, 2011), mais nova produção adolescente nacional, retrata a vida de Priscila, uma garota de 16 anos que quer a todo custo deixar de ser virgem. Para isso, ela aproveita que vai passar 20 dias sozinha em casa e faz de tudo pra transar com o cara mais bonito e popular do pedaço. Um filme que além de divertir, também tem seu papel social, ao misturar depoimentos de meninas estudantes do Ensino Médio com ficção. Além disso, a trilha sonora é bem fiel à história e uma boa dose de comédia acompanha todo o filme, mesclando o jeitinho brasileiro com a liberdade de expressão típica do adolescente. Pra ver a qualquer hora, com o modo 'teen' ligado!
Mais em: http://www.desenrolaofilme.com.br/

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Vou de táxi

Vida de taxista deve ser dureza. Conhecer centenas de pessoas e não manter vínculo com nenhuma delas mais parece coisa de rede social em decadência. Pois bem, vida de taxista é um grande Orkut ambulante. Você xereta a vida de todo mundo, sabe dos problemas, das angústias, observa os mais diversos comentários sobre a última festa e quase nunca dá pitaco. Só o faz com os mais chegados: aqueles que têm seu cartãozinho.

Sempre fui amigão dos taxistas. Confesso que gosto de puxar papo de vez em quando com essa turma, falando do trânsito cada vez mais caótico ou da chuva torrencial que caiu na noite passada. A minha última foi adicionar um deles aos meus profiles de relacionamento. Faço parte da parcela de gente que não vê nenhum problema em dividir opiniões com desconhecidos e que pensa que aprendizado de verdade advém mesmo é das experiências alheias.

Mas não me peça indicação de profissionais desse ramo. Eu sempre fico com o cartão daquele cara legal, mas nunca ligo quando preciso. Tem muita gente que tem seu taxista camarada, que sempre o leva pra casa depois da bebedeira de sábado ou depois daquela bolinha no domingo. Eu, infelizmente, ainda não arranjei um. Quem sabe depois dessa reflexão eu não possa pegar o contato de alguém que realmente vá me levar pra casa sempre que eu precisar? Só que antes eu preciso dividir com vocês minha angústia. Afinal, onde é que vende um dicionário com as expressões mais usadas pelos taxistas? O que diabos significa QSL, QAP, QRS?

Pra começar, não tem nada a ver com os táxis em si. Essas expressões são usadas por radioamadores, ou seja, controladores de uma estação de comunicação que estabelecem contato usando expressões de fácil entendimento para seus receptores. Além de ser um hobby – era muito usado antigamente como bate-papo –, o radioamadorismo deu origem a um dos meios de comunicação mais eficientes que temos hoje, a internet, e foi fundamental na criação de redes de telefonia móvel e do sistema de radares.

Mas e seus códigos? Chamadas de gírias dos radioamadores, essas expressões ficaram conhecidas em competições automobilísticas e em sistemas de comunicação da polícia e corpo de bombeiros por todo o mundo, além de servirem para estabelecer contato entre taxistas e suas respectivas centrais de comando. QRA, por exemplo, quer dizer “nome da estação”; QRL significa “estou ocupado, não interfira”; QRP: “diminuir sua potência”; QRT: “vou parar de transmitir”; QAP: “permaneça na escuta”; QSL: “entendido, confirmado” e QRS: “manipule mais devagar”. Para mais expressões, clique aqui.

Agora já dá pra entrar em um desses veículos e entender o que o taxista está dizendo pra mulher que atendeu nossa ligação minutos antes. Ela só quer saber se ele está ocupado, se entendeu o que ela disse ou se pode, encarecidamente, diminuir sua potência. O fato é que a classe taxista deve ser bem valorizada, porque além de trazer enormes benefícios a uma população onde cerca de 45% de seus habitantes andam de ônibus, também corre sérios riscos no que diz respeito a sua segurança. Aliás, não custa nada sair do táxi e dizer KS para o motorista. Ela vai entender que aquilo significa “obrigado” e não uma referência a um modelo de moto japonesa.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Inimizade colorida

Nunca foram amigas. Sempre falavam mal uma da outra, fosse por causa do novo namorado, da calça extremamente colada em pleno ambiente escolar ou da popularidade que uma tinha e a outra não. Nunca confessaram segredos, nunca espalharam boatos, nunca saíram juntas à noite. Nunca brincaram de amarelinha, rouba-bandeira ou pique-esconde. Jamais se ligaram pra saber se uma iria à festa, se sairia da escola ou se sentiria sua falta durante as férias. De jeito nenhum se falavam. Até o fatídico dia em que uma resolveu terminar o namoro com o carinha mais cobiçado do colégio, viajar pra Londres e ir morar com a outra - aquela mesma, que dizia que nunca se apaixonaria por uma menina.