sábado, 10 de setembro de 2011

Nossos velhos e novos horizontes

Decidir seu futuro com apenas uma escolha sempre será tarefa difícil. Desde cedo, somos obrigados e acostumados a marcar uma única alternativa nas questões objetivas, a escolher um entre os 60 lanches disponíveis na cantina da escola ou optar por ir somente a uma festa no fim de semana mais movimentado do ano. Quando chega o momento de escolher que curso seguir em uma universidade, a coisa ganha proporções colossais. Um medo descomunal começa a percorrer sua mente, você imagina milhões de coisas e, por vezes, pensa em repensar sua opção original. Como disse Ferreira Gullar, “O novo é para nós, contraditoriamente, a liberdade e a submissão”. E é pra falar exatamente sobre essa liberdade e submissão que estou aqui.

Quando escolhi cursar História aqui na Universidade Federal do Maranhão, não imaginei a mudança que essa decisão traria à minha vida. Sair do Ensino Médio, enfrentar um vestibular diferente como o ENEM, conhecer novas pessoas... A gente bem que imagina, mas nunca sai como “planejado”. O primeiro período soou como algo forçado, talvez porque não era o curso que eu realmente queria ou talvez porque sua estrutura de ensino não aborda, desde o início, a História propriamente dita. A coisa ficou animada no semestre seguinte. Comecei a fazer amizades que me pareceram sinceras, conheci uma das melhores professoras que já tive e aprendi que na vida, nem tudo é de primeira. Às vezes, é necessário continuar onde você está só pra descobrir o que realmente aquilo pode te oferecer.

Com o tempo, passei a dar mais importância pra o que eu tinha em mãos. Não é porque não estava no lugar onde eu queria estar que não daria valor a essa experiência. Pelo contrário, dei o máximo de mim. Ajudei, conheci, pesquisei, fui adiante. Sem desistir, mesmo quando as dificuldades e a necessidade de férias eram mais fortes. Ítalo Calvino, mitologia comparada, discografia do Falcão, Rio de Janeiro... Alguns dos milhares de marcadores desse 1 ano e meio de descobertas, graças a uma escolha perdida no passado.

A partir de agora, começo uma nova fase em minha vida e, mais uma vez, graças a uma escolha: dizer sim ou não a uma vaga surgida na universidade pra cursar Direito, minha opção original. O aperto no peito é normal. É difícil deixar pra trás algo que lhe deu tantas alegrias e o fez tão bem. É difícil deixar pessoas pra trás. Mas estou certo de que conhecerei novos personagens pra esse seriado norte-americano que é minha vida. Uma mistura de humor, drama, escolhas e capítulos anteriores mal-resolvidos. De resto, deixo a liberdade tomar conta de mim, mesmo me submetendo ao medo de encarar uma nova realidade. Ser feliz é o que realmente importa. E sei que o desejo do meu passado é que eu seja alguém melhor, mais feliz que antes, onde quer que eu esteja.

That's all, folks!!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Time's drops #03




O Quê: "Pouca Vogal", projeto paralelo do Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii)
Onde descobri: Na casa de um amigo, que havia comentado sobre outros projetos de cantores conhecidos.
Por que me chamou atenção: Boa melodia, letras inteligentes e a voz de dois compositores superexperientes (Humberto Gessinger, Engenheiros do Hawaii, e Duca Leindecker, líder da Cidadão Quem).
Por que você deve conhecer: Se você gosta de uma dessas bandas ou simplesmente anda à procura de um som diferente, mas parecido com algo que já ouviu, essa é uma ótima pedida. 
Apêndice: O site da banda, com agenda de shows e algumas músicas pra download (http://poucavogal.com.br/index.htm); Link do áudio do dvd gravado em 2009, também pra download (http://www.megaupload.com/?d=2OEKODQD).